Tempos atrás, quando exercia a profissão de advogado, via-me obrigado a usar, em serviço, terno e gravata. Tendo eu por essa época descoberto não ser vocacionado para as ciências jurídicas, não sentia-me confortável com essa modalidade de uniforme, que nada dizia acerca de mim. Lembro-me certa ocasião ter comentado com a minha esposa, quando me preparava para treinar Aikido, que a roupa que eu sentia prazer em vestir era o meu kimono. Ele era o meu paletó… a minha armadura. Ele dizia algo de mim. No Aikido sim havia identidade comigo.
Hoje, dobrando meu tão esperado hakama (lê-se racamá), torno a lembrar-me da circunstância acima narrada, e reflito: se o kimono é o meu terno… meu hakama é a minha gravata. Assim como os colegas advogados tinham orgulho em, após o trabalho, desnecessariamente, sair à padaria ou ao supermercado ainda de terno, se pudesse iria eu por aí de kimono e hakama, também tão orgulhoso quanto desnecessariamente. Com essa veste sim, digo algo de mim, porque por dentro sou Aikido. Ainda que tecnicamente não saiba eu quase nada, vesti-lo significa que estou no caminho certo, pois continuo alcançando metas. Tenho muita satisfação e sento-me muito honrado em ter autorização para vesti-lo. Foi um GRANDE PRESENTE que me foi dado.
DOMO ARIGATÔ GOZAIMASHITA
Ribamar Lopes
Posted by Vinicius Brasil on 18 de fevereiro de 2013 at 8:50
Caro Riba, sei exatamente do que você está falando 🙂
Posted by Ribamar Lopes on 19 de fevereiro de 2013 at 21:13
Valeu Vinícius San. Sei porque você sabe 🙂
Abraço.